sábado, 18 de fevereiro de 2012

PIC ou Arduíno?

Desde que iniciei o projeto do robozinho controlado por porta paralela, já venho imaginando que a próxima versão vai usar um microcontrolador. E de lá pra cá estou tentando resolver em qual microcontrolador vale a pena investir. Percebi que a disputa hoje está entre PIC e Arduíno, não tenho visto muita gente falando do 8051, então imagino que atualmente ele não faça muito sucesso entre os entusiastas da robótica. Deve ter alguma boa razão pra isso. Vi muitos sites comparando o PIC com o ATmega usado no Arduíno, mas senti que dificilmente vou conseguir uma opinião isenta, os dois lados têm defensores ardorosos e com argumentos bem convincentes.

Sem dúvida o PIC 18F2550 e seu irmão mais cheio de pernas o 18F4550, são mais rápidos  e tem mais memória do que o ATmega168 e o ATmega368 que são os mais comuns nas placas Arduíno. Mas o Arduíno com certeza tem mais documentação disponível e acessível para os pobres mortais que querem iniciar na programação de microcontroladores. Também pesa o fato de ter compiladores freeware de melhor qualidade (penso eu) e uma grande biblioteca de funções disponível para programação, visto que é uma plataforma aberta.

Mas ser uma plataforma aberta não significa que é barato desenvolver dispositivos com o ATmega. A placa do padrão Arduíno realmente facilita muito o desenvolvimento de protótipos, mas parece que para por aí. Tem centenas de shields no mercado para encaixar no Arduíno e geralmente a documentação se limita a dizer qual pino encaixa aonde, mas e daí? Da maneira que eu vejo, isso serve pra testar o circuito, ver se tudo vai dar certo e se for o caso fazer as correções necessárias. Mas finalizados os testes, quero poder montar o dispositivo final da maneira mais compacta e econômica possível. Não quero gastar uma placa Arduíno e vários shields para cada dispositivo que eu for montar, isso não faz muito sentido. Afinal uma placa padrão Arduíno custa entre R$ 120,00 e R$ 250,00 conforme o tipo e os shields, bom, tem de todos os preços, mas nunca são baratos. Um microcontrolador, que no final é o que importa, não chega a R$ 20,00 e os sensores usados nos shields também são muito mais em conta quando comprados separadamente fora dos shields. Nas minhas navegações não tenho visto muitos circuitos usando o ATmega fora da placa Arduíno. Já para o PIC, uma rápida prece ao Santo Google retorna dúzias de circuitos usando o microcontrolador e sensores variados sem placas pré-montadas (e caras).

Então até o momento, estou inclinado a investir no PIC.

Um comentário:

  1. Ok! Mas vc pode programar o arduino sem ser com suas blibiotecas, e sim usando os registradores dos avr's e com a vantagem de que já tem uma placa pronta p/ usar e o nucleo avr é o mesmo para todos os controladores que utilizam esta arquitetura, claro levando em conta que uns tem mais perifericos que outros.

    E então vc cria seu projeto testa no arduino e depois desenvolve sua pci de acordo com o que vc precisa.

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